quinta-feira, 25 de junho de 2009

MEMORIAL

Maria de Jesus da Silva


Professora de 1° a 3° ano do Ensino Médio na Escola Centro de Ensino de Educação de Jovens e Adultos(CEJA) E Formadora do Gestar II no município de São João do Piauí.
Este portfólio apresenta todas as atividades desenvolvidas pela formadora, no curso de formação continuada para professores das séries finais do Ensino Fundamenta l(Gestar II), com o objetivo de ajudar o professor a desenvolver a habilidade de avaliar seu próprio trabalho e desempenho , articulando-se com a trajetória do seu desenvolvimento profissional, além de oportunizar a documentação e o registro de forma sistemática e reflexiva.
O ensino da Língua Portuguesa destina-se a preparar o aluno para lidar com a linguagem em suas diversas situações de uso e manifestação, inclusive a estética, pois o domínio da língua materna revela-se fundamental ao acesso às demais áreas do conhecimento.
Com a criação deste portfólio pretendo mostrar aos professores que o desenvolvimento do saber lingüístico implica leitura compreensiva e crítica de textos diversos; produção escrita em linguagem padrão; análise e manipulação da organização estrutural da língua e percepção das diferentes linguagens( literária, visual etc.) como forma de compreensão do mundo, possibilitando os professores vivenciarem práticas avaliativas mais dinâmicas e voltadas para uma abordagem formativa.
O Gestar II, busca valorizar o professor como aquele que , ao mesmo tempo em que ensina, está em constante processo de aprendizagem. O professor necessita está entusiasmado por essa dupla face de sua função que é a busca do constante do aperfeiçoamento pessoal e profissional, determinando, assim a necessidade da incansável busca de melhoria de seu desempenho como leitor e escritor, mas também como interlocutor- ouvinte , papel esse, essencial na atuação em sala de aula, em que a escrita e a leitura do texto do aluno são condições para a consecução do objetivo maior do ensino-aprendizagem da língua.
Ingressei na escola muito tarde, aos oito anos de idade. A escola ficava localizada na zona rural do município. Meu primeiro professor era leigo (cursou somente o ensino fundamental menor), e a sua falta de conhecimento sobre leitura e escrita fez com que o mesmo não percebesse que não bastaria apenas ler e escrever, e que precisávamos usar esses conhecimentos adequadamente de maneira interpretativa. Isso não aconteceu somente no processo de inserção na escola, isso se alongou por toda a minha trajetória de estudo até o magistério. O meu primeiro contato com a leitura e escrita foi de forma “decoreba”, sem perspectiva de interpretação, somente leitura e cópia. As minhas habilidades intelectuais não foram desenvolvidas no tempo certo, para uma aprendizagem mais sólida.
Hoje, como professora estou redescobrindo o significado do ato de escrever, não como habilidade mecânica.” escrita de letras”, como diz Vygotsky, mas com comunicação de pensamento.

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